sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Araçari-poca - Selenidera maculirostris (Lichtenstein, 1823)

                      

O araçari-poca é ave piciforme da família Ramphastidae.

Conhecido também como araçari-do-bico-pintalgado, araçari-boi, araçari-tirador-de-leite (Minas Gerais), saripoca-de-bico-riscado, araçaripoca-de-bico-riscado e sari-poca.
Gente que frequenta ou mora na mata costuma dizer que, quando os araçaris estão vocalizando, é sinal de que o tempo vai virar.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) selënë = lua; e dera = pescoço, colar; e do (latim) macula = mancha, manchado; e rostris, rostrum = bico.⇒ Ave da lua com colar e bico manchado.

Características

Mede cerca de 33 cm de comprimento e pesa por volta de 170 g. O macho apresenta cabeça, garganta e peito pretos, os quais são marrons na fêmea. Tem de três a cinco riscos transversais no bico, que variam de formato de indivíduo para indivíduo. Tem um tufo de penas pós-oculares de cor amarelo-ouro. Possui uma grande mancha escura na íris, anterior e posterior à pupila, comum ao gênero Selenidera.

Vocalização:Esta ave vocaliza ao alvorecer ou durante a madrugada. Produz uma série de coaxos baixos e guturais, bastante típicos da espécie> “gra” ou “ap”, também “o-gô…o-gô…o-gô”. Quando briga emite um “gueee”. Durante o canto, movimenta a cabeça para cima e para baixo. Às vezes emite um chamado agudo: “grrrée”.

Subespécies

Eram consideradas as subespécies Selenidera maculirostris hellmayri (NE do Brasil) e S. m. maculirostris (S do Brasil, NE da Argentina e L do Paraguai), porém hoje em dia a classificação é monotípica.

Alimentação

Alimenta-se principalmente de frutos, como os da embaúba, coquinhos de palmeiras, goiaba e figo. Cospe os caroços, sendo importante agente dispersor de sementes pelas florestas, ajudando na recuperação de áreas alteradas. Come também brotos e insetos. Alimenta-se também de filhotes de outras aves.


 

Reprodução

A maioria das informações que se tem sobre a biologia reprodutiva dessa espécie vem de observações de cativeiro. Segundo a literatura, a estação reprodutiva ocorre nos meses de dezembro a junho na parte norte de sua distribuição e de outubro a janeiro na parte sul. Durante a corte, o macho regurgita sementes para a fêmea. Faz ninho em cavidades de árvores, deixadas por pica-paus, pondo de 2 a 4 ovos brancos. A incubação dura 16 dias e é feita tanto pelo macho quanto pela fêmea.


Hábitos

Espécie florestal, típica de Mata Atlântica, de montanhas e encostas. Vive nas matas de galeria secundária e matas mesófilas residuais de grande porte. Habita estratos de copa, médio e baixo, de florestas úmidas, em seu interior e nas bordas. Pode viver em pares, em pequenos grupos de 4 a 8 indivíduos, ou até mesmo ser solitário. Realiza migrações regionais seguindo o período de frutificação de algumas plantas - e pode seguir bandos mistos de aves. Durante a frutificação do palmito (Euterpe edulis), seu alimento favorito, pode-se observar grupos de Selenidera maculirostris nas proximidades dessa palmeira. Como os demais araçaris, vários indivíduos costumam dormir juntos em um mesmo buraco de árvore. Quando o araçari canta, o som que ele emite é muito engraçado, algo como “kulik-kulik-kulik”, sempre pela madrugada ou à tarde.

Distribuição Geográfica

Da Bahia e Minas Gerais ao Rio Grande do Sul. Encontrado também no extremo N da Argentina e L do Paraguai.

Fonte: araçari-poca (Selenidera maculirostris) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil

Garça-azul - Egretta caerulea (Linnaeus, 1758)

 

Garça-azul

A garça-azul é uma ave pelecaniforme da família Ardeidae. Conhecida também como garça-morena (Pará) ou garça-cinzenta (Recife, Pernambuco).

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (francês) aigrette = garça; e do (latim) caeruleus = azul, azul escuro, azulado. ⇒ garça azul.

Características

Chega a medir até 52 cm de comprimento. Quando adulta apresenta uma plumagem cinzento-azulada (azul-ardósia), com cabeça e pescoço violáceos, bico, tarso e dedos anegrados. Quando juvenil é branca, passando por um estágio de transição “malhado”; também apresenta as pernas esverdeadas e os olhos com íris amarelada (claros).


Subespécies

Não possui subespécies.

Alimentação

Alimenta-se de pequenos invertebrados e peixes.


Reprodução

Vive sozinha ou em grupos espaçados de 2 ou 3. Seus ninhos são plataformas construídas de gravetos, geralmente em manguezais, localizados de 1 a 3 m acima da linha d'água. Põe de 2 a 5 ovos azuis.


Hábitos

Habita manguezais e lamaçais do litoral, os quais explora nos momentos de maré baixa, além de alagados, rios e lagos, sendo mais comum em áreas costeiras. Vista frequentemente nas praias. No Brasil E. caerulea é mais freqüente nos manguezais, ambientes que representavam os únicos locais conhecidos de reprodução dessa espécie no país.

Distribuição Geográfica

Presente em todo o litoral brasileiro, Pantanal e Bacia Amazônica. Encontrada também desde o sul dos Estados Unidos e América Central até a Colômbia, Peru, Chile e Uruguai.

Fonte: garça-azul (Egretta caerulea) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Asa-de-telha - Agelaioides badius (Vieillot, 1819)



Asa-de-telha

O asa-de-telha é um Passeriforme da família Icteridae.
Denominação anterior - Molothrus badius.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) agelaius = pássaro preto; e -oidës = parecido com; e do (latim) badius = castanho, marrom. ⇒ (Ave) castanha parecida com um pássaro preto.

Características

Mede entre 15 e 18,6 centímetros de comprimento e pesa entre 43 e 47 gramas.
Não possui dimorfismo sexual. Tem cor geral marrom escuro, sendo as asas e a cauda mais escuras e as orlas das penas coberteiras marrom-avermelhado. Possui uma espécie de “mascara” negra ao redor dos olhos. Tarsos negros. Bico cônico.


Subespécies

Possui duas subespécies reconhecidas:

  • Agelaioides badius badius (Vieillot, 1819) - ocorre do Leste da Bolívia, na região de Beni e Tarija até o Paraguai, Uruguai,no Norte da Argentina, na região Norte de Chubut; e no Brasil, na região Sul e no Mato Grosso do Sul;
  • Agelaioides badius bolivianus (Hellmayr, 1917) = ocorre na altiplano do Centro e do Sul da Bolívia.

Alimentação

Pequenas frutas, sementes e invertebrados.


Reprodução

Tem normalmente uma ninhada por estação com 2 ovos. Ao contrário de outros do mesmo gênero, Agelaioides badius não é um parasita pleno, na verdade Agelaioides badius também é vítima de outras aves parasitas, principalmente de Chupim-azeviche (Molothrus rufoaxillaris). Sempre constrói seu próprio ninho, ou seja a câmara de incubação em forma de uma pequena “tigela” de barro trançada com fibras vegetais, onde deposita os ovos, que são de cor branca, embora esta câmara seja construída no interior dos ninhos de furnarídeos, também utiliza caixinhas a ninhos artificiais. Este “ninho parasitismo” tem sido interpretado como uma fase primitiva de parasitismo.

Hábitos

Gregário, vive em grupos de até 20 aves. Adapta-se a locais semiurbanizados, sendo comum ao redor das fazendas e nas praças de alguns povoados do interior

Distribuição Geográfica

No Brasil ocorre do nordeste até Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Ocorre também na Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e até o Chile.

Fonte: asa-de-telha (Agelaioides badius) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil

Cabeça -seca - Mycteria americana (Linnaeus, 1758)







O cabeça-seca é uma ave ciconiiforme da família Ciconiidae.

Conhecido também como passarão, cabeça-de-pedra (Mato Grosso), jaburu-moleque, trepa-moleque (Mato Grosso), joão-grande (Rio Grande do Sul) e padre. Era uma das aves aquáticas mais comuns da Amazônia, mas teve seu número reduzido devido à caça.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) muktër, mukterizö = focinho, nariz, bico; e do (latim) americana = referente ao continente americano, américa. ⇒ Pássaro americano com focinho.

Características

Mede entre 86 e 100 cm de comprimento e pesa em torno de 2,8 kg. Quando sobrevoa muito alto uma área, pode ser confundido com o Maguari. Diferente dos adultos, os juvenis possuem a cabeça e pescoço emplumados e o bico mais claro.

Subespécies

Não possui subespécies.

Alimentação

Alimentando-se coletivamente, com vários indivíduos se deslocando lado a lado na água rasa, movimentando o fundo lodoso com um dos pés para deslocar as presas, como peixes, anfíbios, pequenos répteis e grandes invertebrados.

Reprodução

Constrói ninhais em capões de mata alagada. Põe de 3 a 5 ovos.

Hábitos

Habita manguezais, pantanais e alagados permeados de florestas. Pousa no chão ou no alto de árvores e plana a grandes alturas sem muito esforço. Vive em grupos. Os jovens da espécie associam-se em bandos distintos, vivendo à parte dos casais.


Distribuição Geográfica

São encontrados em quase todo o Brasil, principalmente no Pantanal e na costa do Nordeste. Sua distribuição no continente americano se estende do sul dos Estados Unidos à Argentina.

No Paraná, na região do alto/médio Iguaçu é uma espécie migrante, sendo encontrado nos meses de outubro a fevereiro com frequencia em lagoas que margeiam o rio.(observação pessoal feita ao longo de 03anos Dimas Rocha).

domingo, 22 de novembro de 2015

Tesourinha - Tyrannus savana (Vieillot, 1808)



Tesourinha

Também conhecida como tesoura, tesoureira, tesoureiro e tesourinha-do-campo. A tesourinha é uma ave passeriforme da família TyrannidaeMigrante inconfundível, onde passa em grupos de até centenas de indivíduos, em concentrações típicas nos meses de setembro e outubro. Dormem em uma mesma árvore ou árvores próximas quando estão migrando, seja em áreas naturais, seja em áreas urbanas.

Nome Científico

Seu nome científico significaTyrannus savana⇒ caçadora implacável que habita/vive na savana ou ave cruel da savana.

Características

Apesar de não ser colorida, a leveza e graça do voo, bem como a distribuição de cores são muito chamativas. O capuz é negro, apresenta no meio do píleo uma coloração amarela, na maioria das vezes escondido, distingue-se contra a garganta e partes inferiores brancas. Dorso cinza uniforme, com destaque para a longa cauda, que é maior do que o próprio corpo. Há um discreto dimorfismo sexual, sendo que os machos possuem um prolongamento grande da cauda, especialmente das duas penas mais externas. Esta diferença é visível quando as aves estão próximas. O formato da cauda deu origem aos nomes comuns.

Sua voz, com as cerimônias: “tzig” (chamada), seqüência apressada “tzig-tzig-zizizi…ag, ag, ag, ag” (canto) que emite pousado ou em voo, deixando-se cair em espiral, com a cauda largamente aberta e a posição das asas lembrando um pára-quedas.

Subespécies

Possui quatro subespécies reconhecidas:

  • Tyrannus savana savana (Daudin, 1802) – ocorre no centro, sudeste e sul do Brasil, desde o estado de Rondônia e Mato Grosso até o estado do Tocantins e sul do Piauí, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro até o estado do Rio Grande do Sul, no norte e leste da Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
  • Tyrannus savana circumdatus (J. T. Zimmer, 1937) – ocorre no norte do Brasil no leste do estado do Amazonas, Pará e Amapá.
  • Tyrannus savana monachus (Hartlaub, 1844) – ocorre na região central do México até o sul da Colômbia, Venezuela e ilhas da costa venezuelana, Suriname e no norte do Brasil, em Roraima, baixo rio Negro, e talvez ocorra no Amapá.
  • Tyrannus savana sanctaemartae (J. T. Zimmer, 1937) – ocorre no norte da Colômbia e no extremo noroeste da Venezuela.

Alimentação

Hábitos alimentares como o do suiriri, com grande consumo de frutos no período de migração. Dispersa os frutos da erva-de-passarinho no cerrado, com sua característica semente onde um pé adesivo ressalta-se. A polpa envolvente é uma das fontes principais de abastecimento na migração para o norte, mas como não ingere a semente, limpa o bico nos galhos, deixando presa a semente da próxima erva-de-passarinho. Frutos podem ser vistos em fios e arames, resultado dessa limpeza do bico. Em vôo, consegue uma enorme destreza, alterando direção com facilidade, em perseguições mútuas ou à presa (insetos).

Reprodução

O período de reprodução é entre os meses de setembro e dezembro. Os pais preferem fazer seus ninhos em cerrado ralo. O tamanho da ninhada é de 1 a 3 ovos. A incubação leva, em média, 13,6 dias, e após 15 dias os ninhegos deixam o ninho. Os filhotes nascem no final do ano e em fevereiro/março voam para o norte, no segundo grande movimento de migração da espécie. Todas dirigem-se para a parte norte do continente, onde irão passar o outono/inverno austrais. O casal constrói um ninho ralo, aberto e em forma de tigela de gravetos porcamente amontoados. A taxa de sucesso dos ovos é de 39,2%. É comum os filhotes e ovos serem derrubados pelo vento. Os pais se revezam na criação dos filhotes. Os ovos medem 22,2 mm de comprimento e 15,8 de largura e pesam 3,2 g.

Hábitos

Apesar de migrarem em grupos, em setembro os machos já estão exibindo seu característico vôo territorial, pairando em espirais com asas e cauda abertos, ao mesmo tempo em que emite o canto longo e rápido, terminado com três ou quatro notas mais espaçadas. Localmente, procuram as áreas abertas, como os cerrados (daí a razão do savana em seu nome científico), pastagens e áreas de cultura, onde ficam pousadas em mourões de cerca, postes, fios e árvores isoladas. Também podem procurar as matas, ou até mesmo cidades.


Distribuição Geográfica

Talvez poucas aves conheçam melhor a América do Sul do que a tesourinha. Existem tesourinhas que vivem no sul (Argentina, Paraguai e extremo sul do Brasil), em várias outras partes do Brasil, no Caribe e no sul do México. Depois do verão, as tesourinhas migram aos milhares para a região da Amazônia, onde permanecem até o inverno acabar. No início da primavera, cada uma volta para a sua região de origem, onde vão reproduzir, criar os filhotes e começar tudo novamente no ano seguinte. Assim, as tesourinhas são muito abundantes nas regiões onde vivem, mas apenas em algumas épocas do ano. Em outras, desaparecem completamente.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Caneleiro-preto - Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818)



Caneleiro-preto

O caneleiro-preto é uma ave passeriforme da família Tityridae. Também conhecido como araponguinha, bico-grosso-de-asas-brancas, caneleirinho e caneleirinho-preto.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) pakhus = grosso, robusto; e rhamphos = bico; e de polukhroos = variegado, matizado, pintalgado; e _pteros, pteron = asa; polychopterus = com asa pintalgada. ⇒ (Ave) com bico robusto e asa pintalgada.

Características

Mede entre 14 e 15,5 centímetros de comprimento e pesa entre 19,5 e 21 gramas.
O macho é delgado e de bico largo. A fêmea é verde-olivácea, com bordas na asa e na cauda, de cor ferrugínea e partes inferiores amareladas.
Manifestações sonoras: sua voz desperta muita atenção, forte e sonoro “djöit djöt-djöt-djöt…”. A fêmea tem um canto semelhante ao do macho, mas com volume mais baixo.

Subespécies

Possui oito subespécies reconhecidas:

  • Pachyramphus polychopterus polychopterus (Vieillot, 1818) - ocorre no nordeste do Brasil, dos estados do Piauí e Ceará até os estados de Alagoas e Bahia.
  • Pachyramphus polychopterus similis (Cherrie, 1891) - ocorre na costa caribenha da Guatemala até o extremo norte da Colômbia, na região de Chocó.
  • Pachyramphus polychopterus cinereiventris (P. L. Sclater, 1862) - ocorre no norte da Colômbia.
  • Pachyramphus polychopterus dorsalis (P. L. Sclater, 1862) - ocorre na região tropical e subtropical do sudoeste da Colômbia e noroeste do Equador.
  • Pachyramphus polychopterus spixii (Swainson, 1838) - ocorre do sudeste e sul do Brasil até o Paraguai, Uruguai, leste da Bolívia e norte da Argentina.
  • Pachyramphus polychopterus nigriventris (P. L. Sclater, 1857) - ocorre na região tropical do sudeste da Colômbia, da região de Meta até o sul da Venezuela, norte da Bolívia e no oeste do Brasil, em ambas as margens do Rio Amazonas.
  • Pachyramphus polychopterus tenebrosus (Zimmer, 1936) - ocorre na região tropical do sudeste da Colômbia, da região de Caquetá até o leste do Equador e nordeste do Peru.
  • Pachyramphus polychopterus tristis (Kaup, 1852) - ocorre do nordeste da Colômbia até as Guianas e no nordeste da Amazônia brasileira, do estado de Roraima até o estado do Maranhão e sudeste do estado do Pará; também ocorre nas Ilhas de Trinidad e Tobago, no Caribe.

(IOC World Bird List 2018).

Alimentação

Come imagos e larvas de insetos complementando a alimentação vegetal, sobretudo quando esta escasseia, por exemplo, durante as chuvas.

Reprodução

Constrói ninhos no alto de árvores isoladas, na forma de uma grande bola de musgo e outros materiais macios, com entrada lateral protegida e câmara incubatória pequena na parte superior.


Hábitos

Habita a orla da mata. Regularmente segue bandos mistos de pássaros. Pousa geralmente ereto. É brigão.

Distribuição Geográfica

Ocorre da América Central e das Guianas à Bolívia, Argentina e Uruguai, e em todo o Brasil.

Fonte: caneleiro-preto (Pachyramphus polychopterus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil

Patinho-gigante - Platyrinchus leucoryphus (Wied, 1831)



Patinho-gigante

O patinho-gigante é uma ave passeriforme da família Platyrinchidae. Também chamado de patinho-de-asa-castanha.

Nome Científico

Seu nome científico significaPlatyrinchus leucoryphus⇒ [ave de] bico largo/achatado de coroa branca.

Características

O patinho-gigante é uma ave inconfundível devido ao seu bico ser completamente achatado, de onde nasceu o nome comum de patinho. Medindo quase 13 centímetros, em sua coloração predomina o marrom esverdeado nas partes superiores, onde algumas penas das asas são marrom-acastanhadas. A cabeça apresenta uma crista branca, que se arrepia em situações de excitação ou estresse. Tem a garganta branca e peito marrom-sujo, que se torna quase branco no abdômen. Pode ser sintópico ao patinho (Platyrinchus mystaceus).

Subespécies

Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
(Clements checklist, 2014).

Alimentação

Alimenta-se primariamente de insetos.


Reprodução

Hábitos reprodutivos…

Hábitos

É encontrado na mata atlântica, matas de araucária e matas subtropicais até 1000 metros. Usualmente em casais, acompanham bandos mistos pelos estratos baixos, tanto na mata primária quanto na secundária.

Distribuição Geográfica

Espécie endêmica da Mata Atlântica, sua ocorrência original abrange o sudeste do Paraguai, nordeste da Argentina e leste do Brasil, neste último desde o sul da Bahia até o nordeste do Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Sul não possui registros há mais de 70 anos e provavelmente está extinto no estado.

Fonte: patinho-gigante (Platyrinchus leucoryphus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil